Cheguei a esse livro através do contato com pessoas da Sol Brasil. Tive que ler duas vezes, e talvez ainda tenha que ler outras vezes para chegar a novas compreensões.
A primeira leitura, foi de uma única tacada, quase como num único fôlego, rápida, porém concentrada. Deixei o livro de lado por alguns meses enquanto refletia e deixava, como o próprio autor afirma, “o inconsciente trabalhar” no conteúdo e nos insights possíveis e necessários. Depois, li novamente, fazendo minhas costumeiras anotações em Power Point.
Seguramente já indiquei esse livro para mais de 10 pessoas e já dei três exemplares para outras pessoas.
Sua leitura, é uma viagem nas descobertas de Kahane sobre a força do ouvir e de criar cenários compartilhados. O Autor descreve tanto seus sucessos e fracassos, como suas descobertas e ignorâncias e tudo isso de modo simples e altamente convidativo para a reflexão.
O título do livro pode levar a pensar que o autor vai nos apresentar uma fórmula para resolver problemas complexos (como ficou estereotipado pelos livros que usam a palavra “como” no título, que na sua maioria apresentam uma receita – muitas vezes fácil e mágica), mas é exatamente o oposto, ou seja, não existe uma fórmula ou receita para se resolver problemas complexos. Ou melhor, talvez possamos falar que a fórmula é a própria essência do que é tratado no livro: falar e ouvir, e estar inserido na cultura e no contexto.
Além disso, a definição de problema complexo também é muito importante e esclarecedora. Para kahane, um problema complexo, se caracteriza por:
a) Dinamicamente: “causa e efeito estão separados no tempo e no espaço”
b) Generativamente: desdobramento em formas desconhecidas e imprevisíveis
c) Socialmente: pessoas com visões diferentes
Muitos pontos me impactaram nessa leitura, mas especialmente o que eu classifiquei como técnicas para se fazer mediação de grupos (Kahane não fala em técnicas). São tantas e tão úteis que teria que transcrever todas, mas para resumir aponto as 10 mais importantes em minha avaliação neste momento
•Usar todos os sentidos: foi apontado por Cristina D’arce no prefácio à edição brasileira, significa lançar mão de variados modos de se perceber a realidade e não só por seu sentido racional.
•Conversar de “coração para coração”: aponta a necessidade de humanizar as falas e escutas.
•Sair da frente que as situações se resolvem por si: significa não impedir o aparecimento de soluções interpondo nossos conceitos e preconceitos criando um ambiente favorável.
•Abrir-se para absorver: significa admitir que muitas coisas não sabemos ou não conseguimos perceber.
•Não existe uma única resposta certa para cada questão: sendo um apelo para nosso modo de pensar linear.
•Falar sobre os que se quer fazer e não sobre o que os outros devem fazer: em outras palavras “se você não é parte do problema, não pode ser parte da solução”.
•Escutar abertamente: que é a essência para se descobrir novos caminhos.
•Ver aos outros como semelhantes: portanto dotados de possibilidades e impossibilidades
•Estar realmente interessado no outro: estando por inteiro na situação e não apenas de modo formal ou educado.
•Contar histórias pessoais: que ajuda a conectar as pessoas em nível mais profundo
Para quem trabalha com grupos, este livro pode ser considerado muito mais que um bom guia (sem ser um guia)
Solving Tough Problems: as Open Way of Talking, Listening, and Creating New Realities – Adam Kahane
I discovered this book through Sol Brasil. contacts. I had to read it twice, and perhaps I will need to read it sometimes to reach news insights. This first reading was like a single breath, fast, however concentrated. I kept the book by some months while thinking about and let my “unconscious work”, as advice Kahane, in order to get news insights. After this time, I read it again, doing my notes in Power point.
Surely I have pointed out that book personally to more than 10 people and I gift it to three others
This reading is like a journey on Kahane’s discoveries about the power of listening and creating shared visions. The author describes both his success and failures, as his discoveries and ignorance by simple and highly inviting way to reflection.
The book’s title might give the impression that the author will present us a formula to solve complex problems (like is usual in books that begin by “how”), but it is the opposite: there are no formulas to solve complex problems. If it would be possible to talk on formula, it would be book’s essence: talk, listen and dive into culture and context.
Kahane’s definition of complex problem is very interesting:
a) Dynamically: cause and effect are separated in time and space
b) Generatively: unfolding in ways unknown and unpredictable
c) Socially: people with different views
Many topics were important to me, but specially one that I named by “techniques” to do group mediation (Kahane do not talk in “techniques”). It is a lot and useful that I had to note all, but in order to summarize I will record 10 of that.
•Use all senses: it was pointed by Cristina D’arce on Brazilian edition preface, and it means to apply various ways to fell reality and not just rational sense
•Talk of “heart to heart": pointed necessity of humanize speech and listening
•Move out and situations solve by it self: its mean do not block arise solution against our concepts and prejudices and creating an auspicious environment
•Open mind to understand: assume that we do not know or do many things.
•There is not only one answer to each question: this way to think about our linear thinking
•Speak about we want to do and not about others should do: It is mean the same that “if you are not part of problem, you are not part of solution”
•Listen openly: this is essentially to discovering new ways
•See others like equal: therefore endued by possibilities and impossibilities
•Real interest to other: it is necessary to be entire on situation and not merely on formal or polite way
•Relate personal histories: it helps connect people on deeply level.
For who works with groups, this book can be considered more then a good guide (without be a guide).
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